Elis Pinheiro
DANÇA DO VENTRE
  • Sobre
  • Blog
  • Clube
  • Agenda
  • Aulas
  • Fotos
  • Contato

Dor lombar e Dança do Ventre: Como conciliar?

14/9/2014

11 Comments

 
Olá a todos,
Como prometido há duas semanas atrás no meu Facebok, trago hoje um post dedicado à saúde e às questões referentes a dores na lombar, e como esse problema pode aparecer na rotina das aulas de Dança do Ventre, tanto sob o ponto de vista da aluna como da professora.

Picture
Picture
Picture
Picture
A lombalgia ou dor lombar é uma das principais causas de afastamente temporário do trabalho, no mundo (fiquei pasma com essa informação!!!)  Acredita-se que atinja cerca de 80% da população adulta, em diferentes proporções. Todos nós já tivemos, pelo menos uma vez na vida, algum episódio relacionado a desconforto, dor e até inflamação nessa parte do corpo. Diariamente ouvimos relatos de pessoas, nas mais diferentes faixas etárias, se queixando sobre esse problema.

Entre as principais causas estão:
  • Lordose (acentuação da curvatura entre as vertebras lombares)
  • Hérnias de disco (quando os discos intervertebrais saem do lugar ou se rompem, gerando pressão nos nervos espinhais - o que eleva a quadros de dor, cãimbras e/ou fraqueza)
  • Rigidez e fraqueza da musculatura lombar em geral, devido a diversos fatores: gravidez, obesidade, sedentarismo, má postura ou condições de trabalho (muitas horas em pé ou sentado, execução de movimentos repetitivo, ou ainda o levantamento constante de peso)
E se esse é um problema de saúde que acomete tantas pessoas, ele com certeza estará, de alguma forma, presente também nas aulas de Dança do Ventre. Sendo assim, a seguir elenquei alguns pontos simples aos quais podemos nos atentar, de forma que a prática da Dança não contribua para o aumento desse problema.
É importante frisar que a cura para a lombalgia parte do diagnóstico e tratamento corretos. As dicas a seguir são apenas instrucões referentes ao corpo e à sua performance em relação à dança,  para que alunas e professoras possam ter um melhor aproveitamento.
Picture
Para as ALUNAS:
- Está com dores lombares persistentes? Procure a ajuda de um profissional. Além das patologias de coluna, muitas vezes problemas mais sérios, como os ginecológicos e de rins estão associados também a dores nessa região. Não marque bobeira! Além do mais, conviver com dores crônicas aumenta os níveis de stress e ansiedade.
- Chegou atrasada na aula e pedeu o alongamento? Não se jogue "à seco" nos movimentos. Vá para um cantinho da sala e alongue minimamente a coluna e os músculos da cadeia posteiror antes de começar. Dê um tempo para o seu corpo "entender" que você vai começar a dançar.
- Sua professora não dedica tempo suficiente ao alongamente, aquecimento e preparação corporal? Faça o mesmo que na situação anterior: vá para um cantinho da sala e faça o seu alongamento. Isso diminuirá as chances de você sair quebrada da aula e ter um dia seguinte cheio de dores.
- Durante as aulas, além da máxima atenção para executar os movimentos ensinados dentro do alongamento e uso de força respeitando seus limites, fique atenta ao seu abdômem. Musculatura abdominal trabalhando significa menos carga para a lombar e mais isolamento dos movimentos.
- Tem a lombar encurtada, cheia de dores... e mesmo assim ama um salto alto? Hum... A vida e feita de escolhas. Quando usamos salto alto, forçamos a curvatura lombar ainda mais na busca por equilíbrio. Se essa já é uma parte fragilizada da sua coluna, é necessário diminuir o uso, e em alguns casos abolir totalmente esse ítem do vestuário.
- Ficou com dúvidas sobre a execução do movimento? Não leve a dúvida pra casa. Movimentos mal executados não somente tem baixo nível técnico, como também podem piorar dores do lombar, articulação do quadril, joelhos, tornozelos, ou até mesmo provocar lesões nessas estruturas.


Para as PROFESSORAS:
- Sempre quando da chegada de uma nova aluna, pergunte por mais de uma vez  se ela tem problemas de saúde e/ou de postura diagnosticados (sim, mais de uma vez pois as pessoas tendem a omitir informações importantes sobre suas condições físicas). Em caso afirmativo, como problemas de joelho, hérnias de disco, lordose ou qualquer diagnóstico, certifique-se de que essa aluna tem permissão de um médico para a prática de atividade física. Professoras, não brinquem com isso! A movimentação básica  da Dança do Ventre já é extremamente desafiadora para um corpo saudável, imagine uma coluna fragilizada executando ondulações, "oitos" e redondos? 
Picture
Exijam atestado médico de alunas que tem problemas de saúde, pois no caso de um eventual acidente, lesão ou piora do quadro, a professora pode ser responsabilizada. Imagine a dor de cabeça? Melhor não.
- Atenção máxima às alunas que executam os movimentos com a bacia totalmente desencaixada (arrebitando o bumbum), e sem contração abdominal. Elas fatalmente colocarão excesso de peso e pressão na lombar durante a execução dos movimentos. 
- Atenção às alunas com sobre peso: uma barriga grande e pesada traz sobrecarga para a lombar.
- Atenção às alunas da terceira idade: a diminuição da massa muscular, que acontece nas mulheres já a partir da faixa dos 50 anos, deixa as articulações mais frágeis.
- Alongamento e aquecimento no começo da aula, assim como alongamento e compensação no final da prática são imprescindíveis para um aprendizado saudável, levando em conta todas as estruturas do corpo. Porém, dê uma atenção a mais à lombar nas aulas em que os movimentos trabalhados demandem mais energia dela, ou ainda para os grupos em que o perfil das alunas traga essa necessidade.
- "Uma imagem vale mais do que mil palavras": certifique-se de que você, como professora, esta executando os movimentos sem comprimir a lombar, já que muitas vezes a imagem da professora como referência para o movimento a ser executado é mais forte do que os comandos ou correções verbais que ela possa fazer.
- Alunas com grande lordose geralmente tem a cadeia posterior encurtada. Sendo assim, terão a tendência de realizar a maioria dos movimentos levantando desnecessariamente os calcanhares do chão, o que resulta em movimentos menos definidos, sem equilíbrio e esteticamente não muito legais. Chame a atenção delas para a pressão e apoio dos pés.

Picture
ALUNAS, procurem tratamento com profissionais qualificados para suas dores e desconfortos. Não maquiem a dor com analgésicos para dançar "livremente" nas aulas ou apresentações.
PROFESSORAS, procurem mais informação a respeito do corpo, para ensinar a dança de forma mais cuidadosa e consciente.

E para TODAS NÓS, vamos nos manter ligadas à todos os sinais que nosso corpo nos dá todos os dias, mas que nem sempre entendemos. Pricisamos dessa sintonia mais afinada para sermos capazes de escutar e traduzir os sinais e sensações corporais, e assim melhorar de forma sensível nossa qualidade de vida.

Optar por outros tipos de sapatos, sentar-se melhor no trabalho, prestar atenção na forma de caminhar ou aprender a postura correta para se levantar um objeto pesado do chão, são atitudes muito simples, mas que podem render menos consumo de analgésicos/relaxantes musculares, movimentos mais livres e elegantes.... e até uma aula de Dança do Ventre mais produtiva e livre de dores.
Eu quero longividade, qualidade, verdade e bem-estar... Na dança,  na vida, no corpo, nas relações, nas escolhas.... E você?

Aguardo seus comentários.... com força no abdômen, é claro!
Bj grande

Elis
11 Comments

Refinamento e Estilo Próprio: uma busca individual

23/4/2014

7 Comments

 
Olá a todos!

Em primeiríssimo lugar, desculpem-me a longa ausência. Foi uma mistura de desorganização, imprevistos da vida aliados à 3 semanas de trabalho no Brasil e o retorno à rotina na Inglaterra, que me impossibilitaram de ter um tempo com calma e concentração necessários para me dedicar a escrever.
Mas agora tudo esta voltando ao normal aos poucos... Inshallah!

Nessa ausência de mais de 2 meses, muitas questões vieram até o meu encontro como "sinais"... como assuntos relevantes a serem discutidos no Blog. E dentre tantos, não tenho como não trazer nesses primeiros textos um "mix" das minhas reflexões aliadas às minhas recentes experiências no Brasil.

E sobre tantas elas, resolvi re(começar) com um tópico bem concreto, que tem me chamado a atenção na sala de aula e nos palcos: os ACABAMENTOS  nos movimentos da Dança do Ventre.
Picture
Eu sempre fui uma pessoa observadora e detalhista, dentro e fora da Dança. Mas posso afirmar que os anos de trabalho como professora definitivamente aprimoraram e aguçaram esse característica inerente a mim.

E justamente por ser algo tão próximo a minha personalidade, a preocupação a tudo o que se refere aos detalhes, acabamentos e finalizações também se tornou um importante viés do meu trabalho, como professora e bailarina. O desenho das mãos, o alongamento das pernas, a estruturação dos bracos, o posicionamento da cabeça e PRINCIPAMENTE o acabamento nos pés não são, na minha opinião, meros detalhes. Mas sim detalhes que fazem a total diferença, independentemente do nível técnico a que possamos nos referir.

Geramente o tema" Acabamentos" só aparece nas aulas de avançado, ou em workshops/cursos específicos sobre o tema. Infelizmente o refinamento na execução, ou o esmero com a finalização dos movimentos não faz parte da rotina da maioria das aulas regulares, tão pouco do universo de preocupações didáticas da grande parte das professoras.

Acredito que isso se deva a muitos fatores. Dentre eles:


- O fato da Dança do Ventre não vir de uma tradição técnica formalizada, e tudo o que se refira ao conteúdo  estritamente técnico ainda ser recente na Historia do ensino dessa Dança.
- Pelo fato dos acabamentos terem conexão também com a distância da visualização da dança pelo espectador. No Ocidente, a transposição da dança para o palco deixou mais evidente as linhas de braços e pernas e postura da bailarina de uma forma geral. O que era muito diferente da vizualização da performer mais perto do público (dançando no chão, no mesmo nível de altura) como acontecia inicialmente no mundo árabe. Digo "inicialmente" pois a partir da década de 50/60 temos o ambiente dos cabarets  do Egito, nos quais a bailarina e banda se apresentavam já sobre o palco (apesar do espaço livre para a bailarina dançar ainda ser muito reduzido).
- A falta dessa informação na formação da maioria das proissionais de dança atuantes no mercado. Ensinamos aquilo que aprendemos. E se não tivemos a chance de aprender, teremos de pesquisar por conta própria  para podermos passar adiante.

Mas qual é a real importância do refinamento na movimentação da dança?
Picture
Picture
Picture
Por definição, a palavra refinamento se refere a "sutileza extrema, apuro excessivo". É sinônimo de "esmero (primor)" e de "requinte (extremo grau de aperfeiçoamento)".

Podemos ver esse componente presente em várias situações da movimentação da Dança, tais como:

- um arabesque bem sustentado (independentemente da altura da perna)
- um tremido relaxado, porém em conformidade com uma boa postura da coluna e organização das pernas
- braços se movimentando com suavidade ao mesmo tempo em que o quadril trabalha com vigor
- expressão facial tranquila durante deslocamentos rápidos e dinâmicos
- trabalho de véu virtuoso e/ou de grande dinamismo, sem demostrar esforço 

Esses são alguns exemplos que, assim como a definição acima, exigem "extremo grau de Aperfeiçoamento". Mas também, talvez façam parte de uma percepcão mais óbvia e imediata a respeito do que seja refinamento.

O que eu, além disso, gostaria de trazer à reflexão, é que o trabalho e busca pelo refinamento, pode levar a bailarina de encontro ou seu estilo próprio na maneira de se movimentar.

Num mercado em que as alunas são tão pouco estimuladas a descobrir a sua verdade individual dentro da dança, às vezes tenho a sensacao de que, no mundo inteiro, as pessoas estão cada vez mais padronizadas, seguindo fórmulas para dançar.

Essa é uma loooonga discussão, que certamente aparecerá em futuros textos, sob outros aspectos. Mas hoje, falando do refinamento do movimento, se a bailarina em sala de aula ou em seu treino/estudo individual se ater a pontos como:


- a maneira como ela transfere o peso sobre ospés 

- a forma como a sua mão tende a se posicionar e acompanhar os movimentos
- como sua cabeça se direciona para diferentes pontos no espaço 
- a como seus pés participam dos movimentos
Picture
E não somente com o olhar da correção, mas principalmente com o olhar da observação atenta para como ela individualmente realiza essas "simples" ações, poderá abrir a percepcão para suas marcas pessoais dentro de cada movimento. 

Muitos vezes, aquilo que nos sinaliza falta de consciência, automatismo e necessidade de correção, também pode trazer sinais do seu estilo próprio.

Esse é um caminho que exige muita auto-observação, treino, concentração, repetição consciente e muita presença. Mas se você realmente gosta da "viagem do movimento", do prazer de sentir o movimento no corpo, esse processo pode se revelar uma jornada incrível para o encontro "da sua dança".

Cada uma de nós tem uma maneira própria de realizar cada movimento. Essa maneira própria tem a ver, dentre muitos aspectos, com a anatomia, histórico de outras práticas corporais, componentes relacionados à cultura e a forma como fomos educadas, com a nossa rotina de atividades e profissão (isso para ser breve perante tantas variáveis).

Sendo assim, cada uma de nós, de fato, tem uma forma individual e particular de:
- pisar e andar
- trocar o peso da bacia sobre opé 
- suspender o braço, etc, etc


Se transpusermos essa observação para o movimento dançado, então cada uma pode descobrir a sua forma individual de alongar cada "oito", a sua forma de pisar em cena, a sua forma de combinar os braços com o quadril, a sua forma de olhar ou não olhar para o público, a sua forma de suavizar ou contrair uma ondulação... e por aí vai.



A dança de grande qualidade técnica é inegavelmente de qualidade. Mas a dança que traz o universo de repertório pessoal da bailarina é mais interessante, profunda e expressiva, com todas as suas qualidades e imperfeições.

Mas, n
ão podemos nos esquecer que, para tanto é preciso primeiro investir na técnica! Não dá pra aprender um sotaque ou criar suas próprias expressões linguísticas, sem antes propriamente aprender a língua.

E depois do investimento na técnica, é necessário abrir esse espaço interno para uma percepcão mais aguçada e profunda a respeito da sua própria dança e corpo... se assitindo, se percebendo e se observando muito, a cada aula, workshop ou improviso.

Vamos tentar? 
Quem sabe começar prestando atenção no seu corpo nesse exato momento em que lê esse texto?

Boa viagem... e até a semana que vem!
Beijão

Elis
7 Comments

    Elis Pinheiro Blog

    Espaço dedicado a compartilhar as minhas reflexões nessa caminhada profissional como bailarina e professora de Dança do Ventre. Notícias sobre workshops, cursos e viagens. Fique à vontade para postar comentários!
       
    Here you can find news and a little bit about my personal approach to Belly Dance. Feel free to post your comment!

    Categorias

    All
    Abdel Halim Hafez
    Acabamentos
    Aida Nour
    Alongamento
    Amani
    Anatomia
    Aperfeiçoamento Técnico
    Arabesque
    Arms
    Arrebitar O Bumbum
    Arte
    Articulação Coxo-femural
    Atividade Física
    Atividades Cotidianas
    Aulas Da Moda
    Ausência De Esforço
    Auto Conhecimento
    Auto-conhecimento
    Auto Observação
    Bacia Desencaixada
    Baixa Qualidade No Ensino
    Baladi
    Balé Clássico
    Bancas
    Basic Combination
    Bristol
    Bristol Workshop
    Cairo
    Celular
    Cinema Egípcio
    Cintura Pélvica
    Cócoras
    Combinações De 8s
    Competições
    Concentração
    Conhecimento Multidisciplinar
    Cópia/Repetição
    Coreografia
    Curso Brasil
    Dança Autoral
    Dança Consciente
    Dança Do Ventre Alemanha
    Dança Do Ventre Brasil
    Dança Do Ventre Tradicional
    Dar Aula
    Dedicação
    Desprepraro Profissional
    Desvalorização Da Profissão
    Dina
    Disciplina
    Dor Lombar
    Egito
    Elogio
    Ensino
    Esmero
    Essência Da Dança Oriental
    Estambul
    Estilo Egípcio
    Estilo Libanês
    Estilo Moderno
    Estilo Próprio
    Estilo Tradicional
    Estilo Turco
    Ética
    Etiqueta Em Sala
    Expectativas
    Expressão Artística
    Faces Do Feminino
    Falta De Qualificação Ou Experiência
    Fifi Abdo
    Figure 8 Combinations
    Finalização Do Movimento
    Flexibilidade
    Foco
    Força Abdominal
    Gesto
    Golden Era
    Habilidade Para Lentos
    Hips
    Howaida
    Improviso
    Individualidade
    Lesões
    Lombalgia
    London
    London Workshop
    Mahmoud Reda
    Manter-se Em Constante Aprendizado
    Mercado Pop Da Dança Do Ventre
    Metodologia
    Mohammed Abdel Wahab
    Motivação Para Dançar
    Movimento
    Movimentos Inconscientes
    Nadia Gamal
    Naeema Akef
    Nagwua Fouad
    Não Automatismo
    Não Comparação
    Nesrin Topkapi
    Opção Estética
    Organização Da Postura
    Organização Dos Pés
    Orientação E Supervisão
    Postura Profissional
    Postura Profissional
    Princess Banu
    Professora
    Quadril Soltinho
    Qualidade Técnica
    Qualidade X Quantidade
    Queda No Nível Técnico
    Reciclagem
    Refinamento
    Repertório Pessoal
    Repetição Consciente
    Requinte
    Resgate Ao Tradicional
    Resgate Ao Tradicional
    Responsabilidade Com O Corpo Da Aluna
    Responsabilidade Da Professora
    Responsabilidade Perante O Mercado
    Resultados A Longo Prazo
    Salto Alto
    Samara
    Samia Gamal
    Sedentarismo
    Selos
    Shimmy
    Slow And Smooth Sequence
    Sobre Peso
    Soltura De Quadril
    Suhair Zaki
    Tahyia Karioca
    Teacher's Course
    Técnica De Quadril
    Técnicas De Deslocamento
    Tensão
    Terceira Idade
    Treino
    Tremido
    Umm Kulthum
    Workshop Professional

    Arquivos

    August 2017
    September 2015
    August 2015
    February 2015
    January 2015
    November 2014
    October 2014
    September 2014
    July 2014
    June 2014
    May 2014
    April 2014
    March 2014
    February 2014
    January 2014
    December 2013
    October 2013
    September 2013
    July 2013
    June 2013
    April 2013
    March 2013
    February 2013
    January 2013


    RSS Feed

Powered by Create your own unique website with customizable templates.