Elis Pinheiro
DANÇA DO VENTRE
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Repertório Clássico da Música Árabe: É importante conhecer? - Parte I

29/9/2014

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Quer presentear uma bailarina ou estudante de Dança  do Ventre? Dê músicas novas a ela. 
A maioria de nós é doente por uma coletânea nova. Quando vou a um workshop e adquiro um cd novo, ou quando qualquer música que eu desconheço chega até mim, quero escutá-lá compulsivamente e "testá-la" no corpo. 
A música faz parte do meu dia-a-dia... Não só nas aulas e nos meus estudos, mas também no carro, na cozinha, na hora do banho... Tudo na minha vida tem trilha sonora.
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Quando comecei a fazer aulas (pasmem vocês), algumas professoras ainda vendiam fitas cassetes... Pois é, minha gente, sou dessa época!... E não era uma questão de atraso tecnológico do Brasil, pois cheguei a fazer workshops internacionais nos quais as professoras trouxeram fitas cassetes para vender.

Há uns dias atrás conversando com uma experiente professora de Dança Oriental daqui da Inglaterra, ela me contou uma história incrível: em 1990, quando ela começou a fazer aulas, ela encomendava fitas cassetes de um revendedor de artigos para dança de Berlim, na Alemanha, que por sua vez fazia o pedido a um vendedor no Egito. Pois bem, segundo ela, uma fita cassete nova levava de 30 a 40 dias pra chegar no interior da Inglaterra!

Imaginem isso?! Esperar 40 dias por novas músicas!
Hoje num click temos acesso a milhões de opções no Itunes ou nos infinitos sites de compartilhamento. Facil, pratico e barato... as vezes ate de graca!

Mas quais serão as implicações de toda essa facilidade no acesso a novas músicas? E sobre isso que venho falar um pouco no post de hoje.

Sinto que, atualmente, muitas professoras não equilibram a utilização de músicas modernas com as do repertório mais tradicional na rotina das aulas. O interesse de muitas alunas e professoras parece girar em torno somente das "novidades". Sei disso pois, muitas vezes, percebo o desconhecimento por parte de alunas (nos mais diferentes níveis) em relação a músicas, cantores, compositores e versões que, em tese, deveriam fazer parte do repertório base de todas as bailarinas/professoras de Dança Oriental. Ou ainda, muitas que dizem não gostar de músicas tradicionais, mas na verdade adoram versões recentes de grande clássicos, sem se quer desconfiar que se tratam de músicas antigas.

Não estou querendo impor uma regra: todas nós TEMOS que saber a respeito do universo da música classica/tradicional Árabe. Essa Não é a questão. Não posso deixar de considerar as diferenças de preferência e estilo no trabalho de cada profissional. Mas acredito que até mesmo para fazer essa escolha consciente a respeito do estilo de música que norteará o seu trabalho, e imprescindível entrar em contato com o máximo de informação possível, para respaldar suas escolhas. 

Fazendo uma analogia bem simples, é como aquele exemplo da criança que diz não gostar de beringela, sem se quer nunca ter experimentado, sabe? Acredito que precisamos experimentar mais, pesquisar mais, procurar mais... E por que não ir lá atrás na linha do tempo... na fonte daqueles que influenciaram tudo o que vem sendo produzido na música Árabe nas últimas décadas?

A seguir listo de forma resumida algumas referências e informações sobre grandes nomes que fizeram história, para que possamos nos inspirar nesse universo.

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Mohammed Abdel Wahab (1902 - 1991)

Cantor, ludista e compositor Egípcio, muito criticado na sua época pela utilização de influencias ocidentais, Mohammed é considerado um inovador dentro do estilo da música Árabe Clássica (introduziu, por exemplo, o ritmo waltz (valsa) em suas composições).
Atuou em vários filmes, compôs os hinos da Líbia, Tunísia e Emirados Árabes, além de famosas composições para seu grande amigo Abdel Halim Hafez, e para a diva Umm Kulthum. De suas composições que são  grandes conhecidas das bailarinas, estão Enta Omri, Zeina,  Nebtidi el Hikaya e Msafer Wahdak.

Hino da Líbia: https://www.youtube.com/watch?v=ISbyDqRExYQ
Abdel Halim Hafez (1929 - 1977)

Ícone da música Egípcia, e considerado o primeiro cantor romântico do Egito, está entre os mais populares cantores e intérpretes Árabes. Além de cantor, era também ator, produtor de cinema, professor de música, homem de negócios e maestro.
Foi extremamente pobre na infância e cresceu em orfanatos ao lado dos irmaos, nunca se casou, realizava caridade e trabalhos voluntários diversos,  e apesar do estilo de vida simples que levava, transitava entre as elites intelectuais, de artistas e políticos do mundo Árabe.
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Durante sua carreira, foi aclamado com diversos titulos: "O rei da música Árabe", "O filho da Revolução", "A voz do povo", títulos esses trazidos à tona recentemente, quando muitas de suas músicas de cunho patriótico foram cantadas durante a Revolução de 2011 no Egito.
Dentre muitos de seus trabalhos, os que são facilmente reconhecidos por nós da dança, estão Zay el Hawa, Sawha e Mawood.


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Umm Kulthum (1898 - 1975)

De origem pobre e nascida numa vila da região do Delta do Rio Nilo, Fatima Ibrahim al-Biltaji mostrou talento excepcional para o canto desde a infância. Sempre acompanhada pela figura do pai no início da carreira, sua vida começou a mudar quando sua familia foi morar no Cairo, em 1923.
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Apesar da figura de mulher independente, em constante contato com compositores, músicos e poetas (em ambientes majoritariamente masculinos, e assim não muito bem vistos para uma mulher) manteve um estilo de vida discreto e longe da vida boemia.
A consolidação de sua carreira se deveu, não somente devido ao seu talento excepcional, como também pelos grandes concertos públicos que realizava (o que possibilitou a transição da música clássica elitizada para sua versão mais popular), a transmissão ao vivo de seus concertos pelo rádio, a introdução de instrumentos ocidentais em algumas composições (como o violoncelo) e o grande prestígio adquirido entre artistas, políticos e nomes influentes de todo o mundo.
Sua última apresentação foi em Dezembro de 1972. Nos 3 anos seguintes, ela lutou contra uma séria doença no fígado, e veio a falcer de um ataque cardíaco no Cairo em 1975.
As músicas clássicas/tradicionais/antigas trazem uma riqueza muito grande de sonoridade, principalmente levando em consideração o nosso ouvido ocidental (acostumado/educado com outras referências e instrumentos).

A delicadeza de um qanoun, a densidade de um alaúde, o peso de um derbake ou a leveza de uma nay só podem ser experienciados nessas músicas com maior grau de complexidade. Muitas das músicas modernas atuais são sintetizadas num teclado, que reproduz a sonoridade de muitos instrumentos, porém de forma linear e empobrecida, sem a riqueza de nuances do som do instrumento original.

Se educarmos as alunas com uma gama reduzida de estímulos sonoros, estaremos também limitando sua expressão  do movimento (partindo do princípio que a dança é a tradução do som pelo movimento). A quanto mais estímulos sonoros elas forem submetidas, a quanto mais instrumentos elas forem apresentadas, mais sensível e rica será a experiência da dança.
Saber um pouco mais sobre esse universo pode nós trazer outras vontades, questionamentos, gostos, opiniões, dúvidas... E assim vamos caminhando. Mudando e aprendendo.

Nos vemos no próximo post, com a Parte II desse assunto.

Aguardo seus comentários.
Boa semana e um abraço,

Elis
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Dar aula... Por que mesmo?

1/9/2014

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Olá a todos!

Aqui na Inglaterra estamos no finalzinho do Summer Hollydays. As escolas voltarão às aulas na próxima semana, e devagarinho as pessoas vão  voltando à rotina... bem semelhante ao final das férias de Janeiro no Brasil.
Minha rotina de trabalho se modificou bastante nesse último mês, e fiquei afastada do Blog.

Volto hoje com esse texto que há muito tempo já está parcialmente escrito. Já sofreu inúmeras modificacões. Mesmo porque já escrevi um post anterior sobre algumas questões referentes a ser professora, porém a cada vez que toco novamente nessse assunto, costumo escrever/apagar algumas linhas.

Desde que escrevi: "Dançar.. Para que mesmo?", discutindo as motivações sobre a escolha de praticar a dança, já pensava na sua versão "questionando a professora". Entao, aqui vai!

O post de hoje não pretende falar sobre questões práticas, como dúvidas de professoras novatas, ou como daquelas que pretendem ingressar no mercado, sobre como saber ensinar, como manter as alunas interessadas, como saber corrigir, etc, etc.  Apesar de serem essas dúvidas recorrentes nas minhas conversas e consultorias com alunas avançadas/profissionais, acho que uma reflexão mais importante ainda vale ser considerada.

Muitas vezes observo que a maioria dessas mulheres nunca se questionaram a respeito de algo anterior a todas essas dúvidas: " Por que se tornar professora?"

Por que uma pessoa se torna médica, outra cabelereira, outra advogada, e por aí vai? As respostas podem ser muitas, mas de uma forma geral as pessoas ingressam em suas respectivas profissões por afinidade e escolha. E por incrível que pareça, essas não parecem ser sempre as motivações que encaminham muitas bailarinas para a posição de professora.
É comum eu escutar comentários do tipo:
  • "Já faço Dança do Ventre há muitos anos... Será que está na hora de eu começar a dar aulas?"
  • "Minhas amigas que começaram a fazer aulas de Dança do Ventre na mesma época que eu já estão dando aulas... Está na hora de eu começar também?"
  • "Já me foi dito que está na hora de eu "me jogar no mercado" e começar a dar aulas logo."
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Bem, observações como as acima citadas, me soam como uma mistura de ansiedade e falta de conhecimento a respeito da profissão de quem ensina (seja dança ou qualquer outra coisa).

O fato da aluna já estudar há anos um estilo de dança, apenas a capacita na performance dessa dança. O como ela vai transmitir esse conhecimento tem de ser um passo a seguir... Uma nova etapa em seu treinamento. Não importa o quão brilhante e experiente seja uma bailarina nos palcos; quando ela der início a sua profissão como professora, ela será apenas iniciante, ainda uma aprendiz no novo ofício.

Falando assim, tudo pode soar muito óbvio e claro. Mas na vida real sabemos perfeitamente que muitas mulheres pulam essas etapas e reflexão. 



Não podemos deixar de levar em conta  a parte fincaneira, já que dar aulas, para a grande parte das profissionais, é o que possibilita a compra de  figurinos, música, acessórios e novos cursos (visto que a realidade dos shows não tem uma regularidade que proporcione um ganho satisfatório).

Porém, tornar-se professora de Dança do Ventre não é a continuação natural de quem estuda a danca há muitos anos. Essa tem de ser uma escolha consciente, e que assim a colocará diante de uma nova etapa do seu aprendizado, com novas responsabilidades.

Quando eu decidi que a realiadade da sala de aula me interessava, busquei não somente o apoio e instrução das professoras de Dança do Ventre em que confiava, como também dei início a um projeto a longo prazo para me capacitar nessa profissão, que envolveram minha graduação em Dança e Movimento e posteriores cursos de formação na Escola de Reeducação do Movimento de Ivaldo Bertazzo, e da formação em DancaTerapia com a argentina Maria Fux.

Essas experiências ampliaram a minha percepcão a respeito da posição de quem ensina, como também me proporcionaram ferramentas práticas para incorporar no meu trabalho, me trazendo maior segurança e liberdade. Essas foram as minhas escolhas. Assim, você deve pensar o que dentro da sua realidade fincaneira, de tempo e de interesses, estaria disponível como possibilidade para essa sua capacitação.


Está pensando em se tornar professora, ou começou há pouco tempo nessa atividade? Deixo aqui alguns questionamentos sobre essa escolha:
  • Você já teve qualquer experiência ensinando algo fora a dança? Se não, como saber se tem o perfil para tanto?
  • Tornar-se professora partiu de uma decisão   consciente, ou foi algo circunstancial?
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  • Fora o tempo das aulas em si, você teria tempo extra disponível para preparar e estudar aquilo a ser ensinado?
  • Você tem facilidade nas relações interpessoais? 
  • Se sente à vontade em público, diante de pessoas desconhecidas?
  • Tem boa dicção e fala bem a língua Portuguesa?
  • É paciente e flexível diante de dificuldades? Tem jogo se cintura diante de situações que te desagradam?
E além disso:
  • Já fez algum curso/intensivo ou qualquer tipo de aula voltada especificamente para a prática  de ensinar?
  • Tem acesso a profissionais de sua confiança dentro da Dança do Ventre para os quais poderia recorrer em caso de duvidas?
  • Tem conhecimento mínimo a respeito do corpo humano, questões posturais e de saúde?

Enfim, não pretendo definir que a partir da resposta dessas questões, possamos criar uma fórmula para quem possa, e quem não possa ser professora. A idéia e ir além, e de fato nos perguntarmos o porquê de nossas escolhas. 


Vejo todos os dias casos diversos: professoras com baixa qualificação perdidas em como se inserir no mercado, ou  infelizes/impacientes com questões básicas do dia-a-dia das aulas ou ainda pessoas que claramente não tem o perfil para o ensino, insistindo (e sofrendo) na profissão...  E o pior... Ensinando e formando alunas.

Tána hora de virar professora? Hum... pense com cuidado.
Que possamos ter cada vez mais profissionais conscientes, dedicados e compromissados com a qualidade da Dança do Ventre no Brasil e no mundo. Se eu não  acreditar nisso, esse caminho vai ficar ainda mais árduo.

Aguardo seus comentários.
Bjao


Elis
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Professora: ser ou não ser?

29/1/2014

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Desde que dei início aos meus cursos de formação e reciclagem para professoras de Dança do Ventre em 2009, me deparo com os dramas e inquietações daquelas que querem iniciar ou acabaram de começar a dar aulas.

Não importa se é no Brasil, ou em outro país. Apesar de cada lugar ter suas especificidades em relação a prática e ensino da dança, as insegurancas que cercam as jovens professoras parecem ser iguais em qualquer local do globo.

Para aquelas que estão em vias de se lançar nessa jornada, as perguntas mais comuns são:
- Será que estou pronta?                  - O que me falta aprender para ser capaz de ensinar?                                  - Como e onde vou começar?

E para aquelas que acabaram de ingressar, as dúvidas parecem ser ainda maiores:
- Será que estou no caminho certo?                 

                                                   - Como terei certeza de que minha didática é adequada?
- Como transparecer segurança e notoriedade, mesmo sem ter experiência?
               - Estou ensinando certo?                    - Será que minhas alunas estão satisfeitas? 

                                                                  Será? Será? Será?...

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São muitos os questionamentos, e o tema é realmente vasto. Assim, os meandros da vida como professora de Dança do Ventre, seja ela novata ou experiente, aparecerão em futuros posts também.

Mas hoje, nesse primeiro de muitos, quero apenas lançar algumas dicas objetivas para as novas (futuras) professoras, na esperança de que esses apontamentos também sirvam para "as não tão novinhas", porém com disposição sempre de se reciclar.


1) Orientação e supervisão.
Antes de começar, ou nos primeiros passos, busque a orientação de uma professora experiente e de sua confiança, que lhe de parâmetros sinceros sobre as suas reais capacidades e limitações para essa nova fase. Desconfie do excesso de incentivo e elogios... Você há de desconfiar que ao iniciar uma atividade nova, sempre estamos sujeitas a cometer erros e pequenos deslizes. Assim, você precisa de "um olhar de fora" que corrija essas questões com objetividade e clareza.

2) Conhecimento multidisciplinar.
Fique atenta aos conhecimentos correlatos ao ensino da dança e do movimentos em si. O quanto sobre o conhecimento básico a respeito da história da dança, música, geografia e as diferentes vertentes e estilos da Dança Oriental pelo mundo, por exemplo, você detém, e o quanto deve/pode também   aprimorar para  ensinar nas aulas.

3) Responsabilidade sobre o corpo da aluna
Se a aluna confiou a você a responsabilidade de ensinar a ela uma técnica corporal, a professora, no mínimo, tem de ter atenção, cuidado, respeito e responsabilidade pela saúde do corpo da aluna.
Buscar ferramentas e conhecimentos no que diz respeito a anatomia básica, alongamento e consciência  corporal é importantíssimo nesse processo. Porém, de nada adianta deter esse conhecimento se a professora der aula olhando o tempo todo para si mesma no espelho, sem perguntar se as alunas tem alguma lesão ou problema já diagnosticado, ou ainda se não estiver atenta para a heterogeneidade do grupo e as diferente demandas do mesmo. Não é?

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4) Manter-se em constante aprendizado.
Quando nos dispomos a nos manter estudando constantemente, estamos o tempo todo nos colocando no lugar de aluna, e isso faz com o que a professora tenha de sempre reavaliar sua própria metodologia.
Quando temos uma experiência não tão positiva enquanto aluna, imediatamente nos tornamos mais sensíveis a possíveis dificuldades que identificaremos em nossas próprias alunas.

5) Desafiar-se a outros estilos.
Quando nos propomos a estudar outros estilos da dança como um todo, assim como estilos diferentes dentro da própria Dança Oriental, isso pode se revelear numa experiência riquíssima. 
I) O contato com o diferente, irá reafirmar os "gostos" e os "não gostos", tornando suas escolhas estéticas mais conscientes.
II) O contato com novas abordagens traz outras possibilidades para o trabalho criativo de professora e bailarina, como também nos "acorda" para nossas dificuldades e zonas de conforto, contribuindo para que não nos engessemos num modelo único como professora.
Importante: O conjunto de qualidades que gerealmente atribuimos a uma boa professora, tem muito a ver, dentre outros aspectos, com seu "jogo de cintura" e capacidade em explicar uma mesma questão sob diferentes formas. Se você estiver engessada num único estilo e forma de trabalhar, estará mais limitada para transitar em várias formas de explicar.

6) Desenvolver uma metodologia própria 
Quando começamos, sempre nos espelhamos e buscamos seguranca na metodologia de outras professoras. Porém, com o passar do tempo é primordial qua cada profissional alinhe a sua forma de trabalhar com sua visal individual a respeito da dança e de seu ensino. Esse é um processo lento que não tem regra para como nem quando acontecer.
Quanto mais experiente e segura a professora se sente, mais claro são os "ajustes" a serem feitos na metodologia que no princípio tomamos como base.
Importante: Essa adequação e desenvolvimento de uma metodologia própria esta também ligada ao tipo de público para o qual se da aula (crianças, terceira idade, academia de ginástica, básico, aspirantes à bailarina, etc... cada público demanda um tipo de trabalho).

7) Transparência sempre
Partindo do princípio que somos pessoas em constante construção e/ou transformação do nosso corpo, personalidade, preferências e ideais, é bom estarmos conscientes sobre a possibilidade de mudarmos de idéia, sempre.
Aquilo que julgavamos com verdade num passado recente (como, por exemplo, a forma de se ensinar um passo), pode se revelar um completo equívoco num momento seguinte, quando nos deparamos com novas formas de explicar e entender o movimento, por exemplo. Sendo assim, não esconda a sua descoberta ou a sua mudança de visão para as alunas. Seja verdadeira e compartilhe a novidade com elas. 

A sua segurança e verdade para com o seu próprio trabalho, sempre cativará o respeito das alunas em relação à sua postura profissional. Todas same ganhando.

Espero que essa primeira pincelada nesse tema traga respostas e mais questionamentos sobre a nosso papel e atuação com professoras no mercado atual da Dança do Ventre.
Isso é um pouco do que eu posso concluir a partir da minha  experiência. E você? Qual é a sua experiência?
Aguardo os seus comentários....
Bj grande e até semana que vem.
Elis  

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    Elis Pinheiro Blog

    Espaço dedicado a compartilhar as minhas reflexões nessa caminhada profissional como bailarina e professora de Dança do Ventre. Notícias sobre workshops, cursos e viagens. Fique à vontade para postar comentários!
       
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